Termina amanhã o período de transição para a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que entrou em vigor a 13 de maio de 2009, em Portugal.
O novo acordo já é usado nos documentos do Estado,serviços, organismos e entidades do governo. Também nas escolas, como por exemplo na minha, se começou a escrever com o novo acordo, e este ano é obrigatório usá-lo em todas as provas e exames.
Para quem aprende agora a escrever em português, as dificuldades não são tantas. Mas há muitas pessoas que estavam mais habituadas a escrever da forma antiga, e agora faz confusão. E há pessoas que, quando estão a tentar escrever uma palavra que não têm a certeza como se escreve, ficam na dúvida se era como se escrevia antes, ou agora.
Também há pessoas que não sabem todas as alterações que houve e, depois, apesar de saberem como se escreve uma palavra, quando lhe perguntam já acham que todas sofreram alterações e acabam por dar erros, porque afinal se mantinham iguais.
Existe muita gente que não quer usar o novo acordo, porque não concorda com ele. Acham que está mais parecido com o que se fala no Brasil, do que cá. E que eram eles que tinham que se adaptar ao nosso português.
Mas também há muitos que já se habituaram. E os programas de computador, já corrigem os erros quando alguém escreve à moda antiga.
De qualquer modo, a obrigatoriedade é só para o sistema educativo (incluindo os manuais escolares), o governo e a todos os serviços, organismos e entidades na sua dependência, diplomas legislativos publicados no Diário da República, e em algumas profissões que exijam. E para estes, podem haver sanções se não utilizarem o novo acordo. Os alunos também podem ter uma avaliação mais baixa, porque é como se fossem erros.
Mas qualquer outra pessoa pode continuar a escrever da forma que mais gostar, sem consequências.